sábado, 13 de dezembro de 2008

Reflexão

Oi amigos, como vão?


Já é tarde da noite e apesar do sono não consigo dormir. Queria compartilhar um pouco do que está me afligindo o coração.
Hoje como de costume fui ao hospital para fazer minhas visitas como palhaço.

Sempre que vamos ao hospital encontramos todo tipo de situação, mas não existe nenhuma pior do que ver uma criança sofrendo seja pelo motivo que for.
Normalmente não vou a UTI de Pediatria, mas hoje a convite de uma amiga resolvi ir.

Quando chegamos havia uma movimentação na entrada. A Assistente Social estava conversando com um casal. Havia por parte deles muito choro.

Logo a Dany ( minha amiga enfermeira) me disse que alguma coisa estava acontecendo dentro da UTI. Fomos para dentro e me deparei com uma cena muito forte. Uma menininha de aproximadamente 4 anos sendo monitorada pela equipe médica. A criança estava entubada, monitorada, em transfusão sanguínea e com hemorragia. O sangue saia pelo nariz, boca... as enfermeiras correndo de um lado para o outro ministrando medicamentos. A Dany me deu uma olhada e balançou a cabeça negativamente... Foi questão de tempo e tudo parou... Fez se silencio na sala. A pequena Renata não resistiu.

Vez e outra vivo coisas assim, mas de maneira tão intensa hoje foi a primeira vez. Ao ver aquela criança partir me veio à mente os meus filhos Carolina e o Josué. Seres frágeis e doces que o Senhor me confiou. Por dentro o palhaço estava em pedaços e chorando.

Por que nós seres humanos somos tão frágeis? Por que frente aos caminhos da vida a gente sempre escolhe os mais difíceis? Por que tantos problemas. Por que a falta de dinheiro? Por que a falta de amor? Por que tanta desigualdade? Por que tantas guerras? Por que tanta injustiça? Por que tanta separação? Por que tantos pais brigados com filhos? Por que tantos filhos rebeldes e desafiando seus pais? Por quê? Por quê? Por quê?Por quês que a pequena Renata não teve a oportunidade perguntar e nem ao menos de tentar achar as respostas.

Nem sei o que estou escrevendo e nem sei se o que estou escrevendo está fazendo sentido. Estou meio anestesiado. Ainda tentando entender certas coisas.

Na verdade ao escrever esse e-mail o que quero de você é que você entenda que a vida passa rápida e amanhã pode ser tarde pra você dizer a alguém como ela é importante ou o quanto você a ama. Diga isso agora. Abrace seu filho, ame sua família, valorize seus amigos. AME O PRÓXIMO.

Deus te abençoe amigo (a)!

Beijo no coração,

Zilão